As metodologias ativas no ensino superior são ferramentas utilizadas para reformular e trazer um aprendizado mais eficiente para os estudantes. Elas servem como ponte para um formato de ensino mais dinâmico, de acordo com as novas possibilidades que apenas a tecnologia proporciona.

Indo além disso, essas metodologias servem como um diferencial competitivo para as IES. Isso porque as novas formas de ensino vão ao encontro das novas exigências do mercado.

Ou seja, as metodologias ativas no ensino superior permitem um aprendizado mais eficaz, garantindo que todo o conhecimento necessário para os alunos seja repassado de forma assertiva, proporcionando aos estudantes uma experiência mais participativa com os conteúdos aplicados dentro do ambiente acadêmico.

Para deixar você ainda mais por dentro das metodologias ativas no ensino superior, elaboramos este artigo abordando os principais temas relacionados ao assunto. Confira!

O que são metodologias ativas?

As metodologias ativas são novas formas de ensino pragmático que colocam o aluno como o principal protagonista no processo de aprendizagem, isto é, as aulas deixam de ser expositivas, e os alunos passam a ter um papel mais ativo no conteúdo debatido em sala de aula.

Especialmente nas escolas públicas de ensino fundamental e médio, as aulas seguem o modelo expositivo tradicional. Nele, as salas de aulas focam na repetição do conteúdo a partir de exercícios e lições guiadas pelo professor. Nesse exemplo, os alunos não têm um papel de intervenção ou até mesmo opinião sobre os conteúdos compreendidos.

Já nas metodologias ativas no ensino superior, o papel do professor é definido como um elo entre os estudantes. Para isso, há alguns pilares que frequentemente são utilizados por essa forma de ensino.

A tecnologia costuma ser a principal aliada desse método de ensino. A partir da transformação digital e da democratização de diversos dispositivos, como tablets, notebooks e celulares, a metodologia ativa no ensino superior pode ser mais ágil e participativa.

Durante o processo de ensino ativo, os dispositivos conectados à internet servem como canais de conhecimento. Sendo assim, os estudantes apresentam conteúdos de ensino que elevam o contexto cultural do aluno para gerar debates e, por consequência, conflitos em prol de um novo conhecimento.

Vale destacar que a metodologia ativa no Brasil foi popularizada pelo patrono da educação brasileira Paulo Freire. À época, mesmo distante das possibilidades da transformação digital, Freire defendia modelos de ensino mais participativos, considerando os objetivos e as experiências anteriores dos alunos.

Felizmente, hoje a transformação digital disponibiliza ferramentas necessárias para provocar os alunos dentro de sala de aula e, desse modo, ganhar a independência e as habilidades necessárias para alcançar um determinado objetivo.

Metodologias ativas no ensino superior: qual é a importância?

As metodologias ativas no ensino superior se mostram como um diferencial competitivo entre as universidades, e isso acontece porque, além do ponto de vista do aprendizado, os alunos têm um papel mais participativo nas aulas, portanto, vivem uma experiência muitas vezes inédita durante o contato com o conteúdo.

Desse modo, um aluno familiarizado com o ensino expositivo tradicional encontra uma sala de aula onde a sua voz é ouvida. Isso gera uma percepção mais positiva da IES e, consequentemente, rende comentários positivos sobre a metodologia.

Além disso, as metodologias ativas são alicerçadas por ferramentas digitais, que dificilmente contam com barreiras de acesso. Basta um dispositivo conectado à internet para ter acesso aos conteúdos.

Sendo assim, é possível criar um ambiente de aprendizado mais democrático e aumentar a acessibilidade de novos alunos, seja na hora de participar das aulas, seja no momento do aprendizado em si.

Ensino híbrido: quais são os desafios durante o momento de pós-pandemia?

Por conta da pandemia, o ensino híbrido se tornou a principal saída para as IES. Porém, por se tratar de uma metodologia ativa, ou seja, mais participativa, ela deve ser planejada com cuidado para garantir que os alunos tenham o papel central durante o aprendizado.

No período pós-pandemia, acredita-se que o desafio de manter o ensino híbrido passará por diversas etapas, desde a preparação dos professores, que terão de lidar com aulas online e presenciais, como dos estudantes, que precisarão se adaptar o revezamento de turmas – ora estando em sala, ora em casa com o modelo online.

Nesse caso, entram as novas metodologias e a adaptação de ambas as partes. O foco é auxiliar que este novo momento em que o presencial e o virtual se fundem torne a flexibilidade do ensino híbrido uma ação definitiva.

A ideia é usar de aparatos tecnológicos e apresentar ferramentas e novos conteúdos, como e-books, games, biblioteca virtual e conteúdos multimídias para engajar os estudantes. Mas, para isso, é essencial que exista investimentos em tecnologia, recondução de projetos e superação da dinâmica tradicional, que acreditava que o modelo remoto era apenas a transmissão de informações, sem oferecer a oportunidade de autonomia e participação do estudante.

Principais vantagens do uso de metodologias ativas no ensino superior

As metodologias ativas no ensino superior trazem muitos benefícios para a própria instituição, para o corpo docente e, claro, para os alunos.

Uma das principais vantagens da metodologia ativa refere-se à relação entre IES-docentes-alunos, que fica ainda melhor. Isso acontece por conta do novo papel dos estudantes em relação ao aprendizado, afinal o discente passa a ser o protagonista do ensino e responsável direto pelas soluções de problemas.

Além disso, devido à contribuição dos alunos em sala de aula ser ainda mais frequente, o professor acompanha melhor a qualidade do aprendizado e contribui para que todos consigam compreender o conteúdo mais facilmente.

Outra vantagem das metodologias ativas é o estreitamento da relação entre docentes e alunos. Nas propostas pedagógicas ativas, o professor funciona como um guia, e não necessariamente como uma figura hierárquica de aprendizado.

Com isso, ele se aproxima dos alunos com mais facilidade e serve como orientador para que os estudantes alcancem determinados objetivos e resolvam os problemas mais pertinentes.

As universidades que implementam propostas ativas de ensino costumam se destacar em comparação com as IES concorrentes. Isso acontece por conta do papel do aluno dentro da instituição, que além de protagonista do ensino, pode funcionar como um agente de promoção da metodologia.

Ou seja, tudo isso provoca um aumento no reconhecimento da universidade e costuma aumentar a captação e retenção de alunos matriculados.

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Três metodologias ativas que podem ser utilizadas no ensino superior

Hoje, é possível encontrar mais facilmente exemplos de metodologias ativas no ensino superior, e muitas delas não requerem uma reestruturação completa. Pelo contrário, basta planejar e implementar ferramentas auxiliares. Abaixo, veja as três principais metodologias ativas usadas no ensino superior:

1. Ensino híbrido

O ensino híbrido é uma metodologia ativa frequentemente implementada em cursos de educação a distância, que tem atividades remotas e presenciais. Esse tipo de ensino também se caracteriza, assim como os métodos ativos, pela maior autonomia do estudante.

Além disso, o modelo híbrido também proporciona a personalização da aprendizagem. Por meio do uso da tecnologia, é possível que professores e estudantes usem diferentes mídias e formatos para que o conteúdo seja ensino com mais dinâmica e fluidez. 

Há diferentes formas de implementar o ensino híbrido em uma IES, seja a partir de aulas remotas e atividades presenciais complementares, seja por meio do ensino presencial com atividades extras remotas e online.

2. Aprendizagem baseada em projetos e em problemas (PBL)

Do inglês Problem/Project Based Learning, a aprendizagem baseada em projetos e em problemas é uma metodologia ativa e está entre as mais populares para as IES. Nessa proposta, o aluno funciona como protagonista do aprendizado e todos os exercícios são colaborativos.

Ambas as metodologias dependem da participação dos alunos e funcionam a partir de ferramentas que provoquem interpretações conflitantes e diferentes perspectivas sobre temas apresentados em sala de aula.

A aprendizagem baseada em projetos foca no desenvolvimento de um projeto, enquanto a aprendizagem baseada em problemas busca estimular a solução de problemas mostrados em sala.

3. Sala de aula invertida

A sala de aula invertida é a metodologia ativa que mais aproveita as novas formas de produzir conteúdos. Com ela, os alunos aprendem conteúdos antes de chegar à aula por meio de vídeos, e-books, podcasts e outros materiais digitais.

Com isso, é possível oferecer mais tempo para os discentes se prepararem e trazer dúvidas ou provocações quando todos se reunirem durante o processo de aprendizado no ambiente acadêmico.

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