Com a transformação digital, o professor passou a ser também um instrumento de ensino. Isso porque as suas habilidades agora não englobam somente o conhecimento em si, mas também aliá-las às ferramentas digitais.
Portanto, com a junção da educação e tecnologia, o professor deve dominar e conhecer as ferramentas e os recursos disponíveis para elaborar os conteúdos ensinados em sala de aula.
A pandemia de covid-19 reforçou que a integração entre os diferentes tipos de ensino é indispensável nos próximos anos e garante vantagens únicas aos alunos, como a democratização do acesso à informação e o estreitamento na relação entre professores e alunos.
Para abordar o tema, a Minha Biblioteca preparou este conteúdo sobre o papel dos professores no ensino híbrido e quais são as habilidades que os docentes precisam ter. Boa leitura!
O que é exatamente o ensino híbrido?
O ensino híbrido é a combinação entre práticas de ensino dentro da sala de aula e atividades educacionais em modo remoto ou em plataformas digitais.
Essa prática se destaca por dividir conteúdos e oferecer plataformas complementares, como biblioteca digital, plataformas de exame online e ferramentas para conectar professores e alunos, permitindo tirar dúvidas ou discutir temas com mais facilidade.
Inclusive, o ensino híbrido tem sido uma importante saída para as instituições de ensino superior (IES) por permitir a integração com metodologias ativas, nas quais os alunos são os protagonistas do aprendizado e responsáveis por determinar os rumos dos próximos conteúdos.
Essa integração mais fácil é resultado direto do ambiente virtual. Ao contrário do ensino 100% presencial, a modalidade híbrida garante que as salas virtuais não tenham barreiras físicas que impeçam a participação de alunos.
Vale destacar também que alunos com deficiência física e/ou intelectual também podem ser incluídos com mais facilidade nas atividades educacionais. Isso porque há ferramentas que auxiliam a acessibilidade digital nas IES.
Entre alguns recursos, você encontra opções que apoiam pessoas com daltonismo, ferramentas de descrição de conteúdos para pessoas com deficiência visual ou baixa visão, entre outras tecnologias para garantir um ambiente de ensino acessível e inclusivo.
Pandemia e ensino híbrido no Brasil
Durante a pandemia, o ensino híbrido cresceu significativamente após o fechamento das instituições de ensino para conter a covid-19. Porém, a implementação foi alvo de críticas na perspectiva de especialistas em educação. A razão era a baixa estruturação das escolas e universidades nos meses iniciais do ensino híbrido.
Entre 2020 e 2021, a pandemia obrigou as instituições de ensino a trabalhar em formato remoto emergencial e depois em rodízios, com salas de aula divididas por dias da semana. Na prática, uma metade assistia a aula em casa, enquanto a outra participava de forma presencial.
Esse sistema de rodízio não pode ser classificado como uma modalidade híbrida de ensino, por causa da baixa estruturação e falta de um conteúdo pragmático que considere as duas frentes de aprendizado de modo integrado.
Como os especialistas defendem, o ensino híbrido deve ser planejado para que haja integração entre o remoto e o presencial, com uma proposta pedagógica clara e espaços próprios para aprendizagem, seja em casa, seja na instituição de ensino.
Caso não haja integração entre o presencial e online, o aprendizado se torna apenas uma “mistura” de alunos, afinal, dificilmente um professor consegue parar o andamento da aula apenas para falar com os alunos que assistem remotamente.
Outra característica do ensino híbrido durante a pandemia foi a sobrecarga dos docentes, até então pouco familiarizados com os recursos e plataformas digitais. Hoje, os professores têm o papel de filtrar os aprendizados durante o conturbado período de isolamento social.
É válido destacar que a expectativa é que a procura pelo formato híbrido cresça mesmo após o fim da pandemia. De acordo com o levantamento Observatório da Educação Superior – 5ª edição: perspectivas para 2022, apenas 45% da carga horária dos cursos deveriam ser dedicadas às aulas presenciais tradicionais no ano seguinte, segundo interessados em graduação.
Qual é o papel do professor e da IES no modelo de ensino híbrido?
Por ser responsável pela tarefa de guiar e criar conteúdos integrados à internet, o professor tem um papel indiscutível no modelo de ensino híbrido. Entretanto, essas tarefas podem sobrecarregar o docente e prejudicar o andamento das aulas.
No caso dos professores, as obrigações estão na reorganização das atividades e na difícil tarefa de gerar engajamento por parte dos alunos. Justamente por esse motivo, a escolha das metodologias ativas deve ser precisa.
Do mesmo modo, as IES são igualmente fundamentais na hora de implementar o formato híbrido de ensino. Cabem às instituições repensar espaços e criar ambientes com design pedagógico, indo além das tradicionais cadeiras enfileiradas e oferecendo espaços acessíveis aos alunos.
Sendo assim, os alunos devem ter acesso a uma plataforma que não cause desbalanceamento nas frentes presenciais e remotas de ensino.
De acordo com Adolfo Tanzi, autor do livro “Ensino híbrido: personalização e tecnologia na educação”, é necessário criar ambientes de aprendizado autônomo. Entre alguns exemplos, o escritor cita laboratórios, espaços variados da sala de aula, nas cantinas e nas casas dos alunos.
Quais são as habilidades que os professores do ensino híbrido devem desenvolver?
Os professores do ensino híbrido devem estar preparados e buscar conhecimentos especializados, especialmente aqueles atrelados ao uso de ferramentas digitais.
Para você entender melhor, a Minha Biblioteca listou as principais habilidades e ferramentas que os professores do ensino híbrido precisam se especializar. Veja a seguir.
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Metodologias ativas
Especialmente no ensino híbrido, as metodologias ativas são importantes para gerar o engajamento da turma. Portanto, cabe ao professor desenvolver essa especialidade e aprender melhor como funcionam as metodologias ativas atreladas ao digital.
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Sala de aula invertida
Outro conhecimento que os professores devem dominar é o conceito de sala de aula invertida. Essa perspectiva trata do aprendizado prévio a partir de ferramentas digitais, especialmente os vídeos online, fora do ambiente escolar.
Por exemplo, o professor pode gravar um vídeo sobre um assunto das aulas e disponibilizá-lo aos alunos. Desse modo, a turma assiste aos vídeos e chega devidamente preparada para fazer atividades, discutir temas ou simplesmente tirar dúvidas durante a aula.
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Recursos digitais
O ensino híbrido obrigou os professores a irem além dos tradicionais slides. Por isso, outras ferramentas digitais devem ser conhecidas e atreladas às aulas. Entre alguns exemplos, vale destacar os games de impacto social, chats online e formulários online de pesquisa.
Como as tecnologias ajudam a promover um ensino híbrido de qualidade?
As tecnologias proporcionam o ensino híbrido com mais qualidade por criarem soluções sob medida aos alunos. Em comparação com os ambientes físicos, o universo digital tem poucas barreiras que impedem o aprendizado. Em alguns casos, basta um dispositivo eletrônico conectado à internet para aprender.
Por exemplo, a Minha Biblioteca oferece o serviço de biblioteca digital para IES. Com ele, todo aluno consegue consultar livros e ter acesso às ferramentas de acessibilidade.
À medida que o tempo passa e metodologias são descobertas, as novas tecnologias agregarão ainda mais vantagens ao ensino híbrido.
Conheça a Minha Biblioteca
Uma das áreas mais desafiadoras de uma IES é a biblioteca. Com o passar dos anos, a tecnologia tem facilitado o acesso à informação, e as pessoas estão cada vez mais inseridas em ambientes virtuais, tanto no trabalho quanto no lazer.
Por isso, foi desenvolvida a Minha Biblioteca, uma plataforma de livros digitais construída com o objetivo de ser o melhor provedor de conteúdo universitário do Brasil.
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