Como a saúde mental dos estudantes foi afetada pela pandemia e como reverter esse quadro

Como a saúde mental dos estudantes foi afetada pela pandemia e como reverter esse quadro

A saúde mental dos estudantes é um tema que passou a ser debatido com frequência nos últimos anos, mas com a pandemia de Covid-19, essa discussão passou a ser fundamental entre os alunos, instituições de ensino e de saúde. 

Isso porque os danos e possíveis transtornos mentais causados pelo período de isolamento social não devem acabar com a volta à normalidade. 

Pelo contrário, os problemas psicológicos podem ser permanentes mesmo com o fim da crise sanitária, caso não sejam tratados com seriedade e a atenção necessária.

Para abordar tópicos relevantes para o debate sobre a saúde mental dos estudantes e mostrar como minimizar os impactos causados pela pandemia nos universitários, a Minha Biblioteca preparou este guia e reuniu as principais informações para os alunos. Boa leitura!

Os impactos na saúde mental dos estudantes na pandemia

O ano de 2020 foi marcado pelo período inédito de isolamento social por causa da pandemia. Em 2021, quando a crise sanitária parecia estar controlada, a quarentena voltou a ser imposta em diversas cidades do país.

A Covid-19 impôs mudanças drásticas na rotina dos estudantes. A falta de estrutura doméstica adequada para estudos e a instabilidade política e econômica, além do medo do contágio do vírus, foram alguns responsáveis pela desestabilização emocional.    

Além do mais, muitos jovens ficam desempregados nesse período, o que tornou incerta a continuidade dos estudos para diversos alunos que estudam em instituições particulares.  

Por causa dessas mudanças não vivenciadas até então, a saúde mental dos estudantes brasileiros foi impactada em diferentes graus e formas, desde a falta de concentração durante as aulas e até transtornos psíquicos graves.

O estudo Global Student Survey ouviu mais de 16 mil alunos entre 18 e 21 anos, e apontou que sete em cada 10 universitários brasileiros declararam impactos na saúde mental na pandemia. 

De acordo com o estudo, o Brasil está à frente de outros países no índice de universitários que declararam danos à saúde mental na pandemia. Assim, 87% dos estudantes entrevistados relataram aumento do estresse e da ansiedade.

Vale destacar que o estresse não está diretamente relacionado às Instituições de Ensino Superior (IES). Pelo contrário, os impactos negativos na saúde mental dos estudantes universitários são reflexos de outras preocupações externas.

Nesse mesmo estudo, 31% dos alunos afirmaram ter dívidas ou empréstimos relacionados aos estudos, o que pode acarretar em acúmulo de despeass ou até mesmo a paralisação nos estudos.  

Há ainda outros alertas que tiraram o sono dos estudantes durante o período de pandemia, como a quitação das contas essenciais, tais como água, energia elétrica e aluguel. Esses incômodos impactam a aprendizagem.

Saúde mental dos estudantes: como saber se a sua está abalada?

É possível perceber quando a saúde mental está abalada por meio de alguns sinais que impactam negativamente a qualidade de vida. Esse é o primeiro passo em busca de uma saúde psíquica saudável.  

O acompanhamento profissional é indispensável em muitos quadros, principalmente quando a saúde mental está severamente abalada, como em casos de depressão, ansiedade e crises de pânico.

Além do mais, é importante destacar que cada pessoa tem emoções e ações distintas frente às situações de angústia e estresse. Dito isso, vamos às principais formas de como saber se a saúde mental está em dia.

1. Analise como está seu convívio social

O período de isolamento foi reduzido graças à vacinação em massa. Atualmente, em diversas cidades do país, o uso de máscaras e o distanciamento social não são mais obrigatórios. 

Embora fosse proibido nos primeiros meses da pandemia, agora é possível sair e ir ao cinema, shopping e restaurantes normalmente. Se mesmo com a liberação das atividades você continuar em casa, esse pode não ser um bom sinal.

Deixar de ver amigos e familiares sem um motivo aparente pode ser sinal de uma piora na saúde mental. Em casos mais graves, ele faz parte do diagnóstico de alguns transtornos, como depressão, ansiedade.

2. Falta de sono

Os estudantes universitários que sofrem com a falta de sono devem estar atentos aos cuidados com a saúde mental. De acordo com o estudo “O sono em transtornos psiquiátricos”, 80% das pessoas com transtornos têm dificuldade para dormir.

Felizmente, a falta de sono pode ser corrigida com alguns hábitos saudáveis, como exercícios físicos, horários regulados e distância dos dispositivos eletrônicos antes do horário de dormir.

3. Alterações no apetite

A mudança abrupta nos hábitos alimentares também indica problemas na saúde mental dos universitários. Na prática, em vez de comer em horários pontuais, o estudante come de forma irregular, tem falta de apetite ou compulsões alimentares.

Em alguns casos, a pessoa passa a comer mais do que era consumido anteriormente em situações normais. Por isso, esteja atento aos hábitos alimentares.

4. Alterações de humor

Você fica triste e desanimado com frequência, mesmo sem motivo aparente? Nem sempre estamos animados e dispostos, mas se a falta de prazer ou vontade de realizar tarefas são constantes e intensas (por mais de uma semana, por exemplo), é necessário buscar ajuda profissional.

5 dicas para manter o equilíbrio na volta às aulas presenciais

Em 2022, as IES retornaram às aulas presenciais. Essa mudança pode causar estresse nos estudantes que estavam acostumados ao ensino remoto.

Felizmente é possível manter a saúde mental dos estudantes em equilíbrio na volta às aulas presenciais a partir de algumas dicas e mudança de hábitos. Ainda assim, caso não sinta melhora ou tenha dificuldade em seguir os conselhos abaixo, consulte um profissional.

A Minha Biblioteca listou cinco dicas para manter o equilíbrio na volta às aulas presenciais. Confira!

1. Pratique exercícios físicos

Inserir exercícios físicos na rotina é uma ótima forma de manter o corpo ativo e garantir qualidade à saúde mental. Indo além da tradicional academia, você conta com inúmeras possibilidades de exercícios, como corrida ou atividades aeróbicas.

Além disso, vale destacar que atualmente há diversos aplicativos focados em atividades físicas, como ioga e meditação. Portanto, antes de começar, vale a pena pesquisar alguns desses apps.

Outro ponto é que, caso deseje praticar exercícios físicos intensos e regularmente, é importante realizar um check-up para verificar se a saúde física está em dia.

2. Cuide da alimentação

A alimentação tem um papel importante na saúde mental dos estudantes e, por isso, é necessário prestar atenção nos hábitos alimentares, principalmente na regulação do apetite.

Nesse caso, evite comer alimentos industrializados e ricos em açúcar de forma rotineira e opte por uma alimentação saudável, com muita fibra e vitaminas. Além do mais, defina os horários para cada refeição, levando em conta a rotina com a volta das aulas presenciais.

3. Regularize o sono

O sono é essencial para a manutenção da mente do corpo. Por isso, busque sempre ter horários definidos para ir dormir e começar o dia, mesmo em meio a correria do fim de semestre acadêmico.

Para um sono de qualidade, faça a chamada higiene do sono: evite uso de celulares e deixe o ambiente onde vai dormir totalmente escuro e silencioso.

4. Evite cafeína e derivados

Bebidas como café, refrigerantes de cola e chás contêm cafeína, substância que se consumida em excesso pode inibir o sono e causar ansiedade. Uma vez que a sua saúde mental esteja abalada, esse tipo de bebida pode agravar o seu estado.

5. Tenha hobbies

Os hobbies garantem mais qualidade de vida por proporcionarem momentos de lazer, servindo como uma recompensa depois de um dia cansativo, inclusive depois de uma atividade tediosa. Assim, é mais fácil estudar e realizar atividades acadêmicas.

Portanto, separe um livro, um filme, uma série ou um jogo, atividades artísticas ou manuais e dedique-se a esse prazer pessoal depois de fazer todas as suas tarefas acadêmicas.

Não tenha medo ou vergonha de buscar ajuda profissional 

Apesar da mudança de hábitos ajudar a manter a saúde mental equilibrada, alguns casos precisam de acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

Não tenha vergonha de buscar ajuda! Algumas instituições de ensino oferecem serviços psicológicos e psiquiátricos online ou presencial gratuitos com preços acessíveis. Informe-se e saiba onde conseguir atendimento de graça na sua cidade.

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