Muito tem se falado sobre o futuro do profissional de biblioteconomia. Aqui, no blog da Minha Biblioteca, por exemplo, recentemente, publicamos o post sobre como aproveitar as oportunidades que a tecnologia proporciona na área.
Entre as inovações que impactam diretamente a vida do profissional de biblioteconomia, está a inteligência artificial.
O desenvolvimento do setor começou após a Segunda Guerra Mundial, com o matemático inglês Alan Turing. E, com o termo criado pelo professor John McCarthy em 1956, o conceito passou a ganhar cada vez mais importância no cotidiano.
Neste sentido, a inteligência artificial já se torna relevante para o profissional de biblioteconomia.
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A função do profissional da biblioteconomia
Antes de falarmos propriamente da inteligência artificial aplicada à biblioteconomia, é importante relembrar a premissa clássica da profissão. Ou seja, a função do bibliotecário que é organizar os registros do conhecimento para fins de busca, pesquisa e armazenamento.
Esta é a necessidade elementar da profissão e que difere o bibliotecário dos demais cargos. Cabe, então, ao bibliotecário preservar as informações para que sejam recuperáveis de maneira rápida e organizada, até mesmo após muitos anos.
Assim, o bibliotecário é o profissional que possui a capacidade necessária para organizar itens, atribuindo o objeto adequado a cada tipo de busca específica.
No novo cenário tecnológico, a função fundamental do profissional de biblioteconomia não irá mudar. Mas deverá ser adaptada de acordo com as novas tecnologias, como a inteligência artificial.
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Entendendo a inteligência artificial para o profissional de biblioteconomia
Apesar das previsões apocalípticas sobre a automatização da função, a busca pela informação continuará norteando o profissional de biblioteconomia. Por isso, o bibliotecário não será substituído pela temida robotização.
Pelo contrário, a inteligência artificial e outras tecnologias despontam como aliadas do profissional para facilitar processos e melhorar a entrega ao usuário final.
Para entender melhor este novo mundo, o bibliotecário precisa conhecer alguns termos, como por exemplo:
Algoritmo
Trata-se de um conjunto de regras que define uma sequência de operações. Na inteligência artificial, os algoritmos são usados pelos programas de aprendizagem de máquina para realizar previsões a partir de um grupo de dados analisados.
O profissional de biblioteconomia pode utilizar algoritmos na organização de livros e informações, seguindo padrões. Assim como, é possível usá-los para recomendar obras personalizadas de acordo com o perfil do usuário.
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Chatbots
São serviços baseados em um fluxo de conversa com inteligência artificial. Ou seja, é possível conversar e interagir com robôs por meio de aplicações/aplicativos de mensagens. Com aprendizado de máquina, o chatbot se aprimora com o tempo para fazer contatos mais humanos e personalizados.
Na sua função, os bibliotecários podem ganhar um aliado para conversar com os usuários. O que otimiza o tempo de trabalho e torna a atividade do profissional mais estratégica.
Ciência cognitiva
É o estudo interdisciplinar da mente e dos seus processos, extraídos dos fundamentos da filosofia, da psicologia, da linguística, da ciência da computação, da antropologia e da neurociência.
Este campo é importante para a biblioteconomia, pois facilita o processamento de informação e a recuperação de dados.
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Visão computacional
É usada para “entender” imagens digitais. A visão computacional é um recurso que pode auxiliar o profissional de biblioteconomia na indexação de imagens.
Mineração de Dados
Este é o processo computacional que agrega e organiza dados encontrando neles padrões, associações, mudanças e anomalias relevantes. Isso minimiza os esforços de organização e possibilita ao profissional de biblioteconomia ter um olhar crítico sobre toda a informação armazenada.
Processamento de Linguagem Natural
Trata-se do campo da ciência da computação e da inteligência artificial envolvido com as interações entre computadores e as línguas humanas (naturais). Esta área, em particular, é preocupada com a programação de computadores para processar dados de linguagem natural.
A biblioteconomia estudou o Processamento de Linguagem Natural desde os primórdios. Desse modo, desenvolveu ao longo de sua história metodologias para compreender fenômenos linguísticos. Por exemplo: ambiguidade, homonímia, sinonímia, polissemia, regionalismos, entre outros.
Com tal conhecimento, o bibliotecário usa técnicas para captar as diferentes necessidades e os contextos do usuário que anseia por informação. Ou seja, o profissional sabe as dificuldades, as associações de termos utilizados e os caminhos de quem busca pelo conhecimento.
Afinal, quem nunca teve que procurar um livro na estante só com a indicação da cor da capa do livro?
Biblioteca digital como ferramenta do futuro
A inteligência artificial proporciona inúmeros benefícios para o profissional de biblioteconomia. No entanto, para utilizar todas as suas vantagens, é preciso manter um constante processo de atualização e de aprofundamento nas novas ferramentas.
A biblioteca digital aparece como uma importante solução de apoio ao estudante, onde o bibliotecario pode indicar livros digitais sem se preocupar com quantidade de exemplares, que pode gerar a fila de espera.
Prática e acessível, a Minha Biblioteca disponibiliza mais de 7 mil títulos acadêmicos em seu acervo e é um complemento fundamental para a biblioteca física.
Além de outras vantagens como atualização constante dos exemplares e disponibilidade em tempo integral.
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