O tema educação inclusiva remete a diversos desafios nas instituições de ensino superior. As questões vão desde a acessibilidade dos alunos até a formação esperada dos professores para atuar em salas com estudantes que requerem atenção especial.
Mais do que apenas disponibilizar a vaga e oferecer as condições de acesso ao estudante, a instituição de ensino tem papel de extrema importância. Afinal, é necessário capacitar os profissionais que vão oferecer uma educação inclusiva.
Neste texto, mostraremos a importância da formação contínua para que professores consigam construir ações efetivas de inclusão.
O papel da instituição de ensino na educação inclusiva
As políticas de apoio da instituição de ensino devem começar pela equipe gestora. Cabe à coordenação criar espaços para o diálogo, fomentando a troca de experiências entre os professores sobre alunos com necessidades especiais.
Isso porque, apesar dos cursos de licenciatura trazerem disciplinas que abordam a educação inclusiva, alguns docentes não sabem como atuar neste contexto.
Por esta razão, é de extrema importância que haja um processo contínuo de formação. Pois o professor deve buscar sempre conhecimentos com novas formas de pensar e agir para atender às demandas desses estudantes.
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Ações práticas para a construção da educação inclusiva
Desenvolver a educação inclusiva é um processo contínuo e deve ser construído por professores, alunos e a instituição de ensino. Para isso, é preciso realizar ações práticas que ajudam a sedimentar este caminho.
Aprendizagem – o primeiro passo é entender que todas as pessoas têm um ritmo de aprendizagem diferente. Independentemente de ser portador de uma deficiência ou não, cada estudante tem a sua forma de aprender.
Cabe ao professor selecionar os procedimentos de ensino e de apoio para incentivar e estimular o aprendizado. Portanto, é fundamental conhecer o perfil do aluno de perto e manter um contato próximo para planejar o plano de aula.
Integração – os docentes podem criar grupos para que todos os alunos troquem experiências e informação. Essa é uma prática muito valiosa para a educação inclusiva. Afinal, cada estudante tem sua bagagem e seu conhecimento para dividir com os colegas, contribuindo em debates e nos estudos.
Valorização – na prática construtiva da educação inclusiva, os professores universitários devem valorizar os estudantes. Com isso, é possível gerar um sentimento de pertencimento e os alunos com necessidades especiais podem se sentir acolhidos.
Quais características o professor deve aperfeiçoar?
A formação dos professores universitários para a educação inclusiva visa ter os conhecimentos necessários para colocar em prática as ações de aprendizagem, integração e valorização.
Com isso, é importante desenvolver três habilidades principais:
- Visão holística;
- Habilidade interpessoal;
- Capacitação psicopedagógica.
Assim, é possível desenvolver estratégias para a superação das resistências dos demais alunos. Além disso, os docentes conseguem contribuir com sugestões para o ensino inclusivo e colaborativo.
Outras qualidades necessárias aos professores são:
- Manutenção do equilíbrio psicológico para lidar com as diferenças entre os alunos e contornar possíveis dificuldades de entrosamento entre eles;
- Experiência em sala de aula para criar as condições necessárias para o melhor aproveitamento dos estudantes com necessidades especiais;
- Capacidade analítica para observar o que dá certo nas metodologias de ensino e o que precisa ser reformulado para ter uma educação inclusiva eficiente.
Educação inclusiva e tecnologia como aliadas
Para auxiliar os professores na construção do modelo de educação inclusiva, existem diversos recursos que facilitam o trabalho em sala de aula. As bibliotecas digitais são um exemplo e funcionam como ótimas alternativas.
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