Ensino híbrido: será que esse modelo é o futuro da educação?

Ensino híbrido: será que esse modelo é o futuro da educação?

Muitos acreditam que a flipped classroom ou sala de aula invertida seja o futuro da educação. Considerado uma ótima forma de unir o ensino a distância e o ensino presencial, o ensino híbrido é mais uma porta de entrada para a utilização da tecnologia na educação.

Há, inclusive, alguns teóricos que acreditam que, no futuro, a separação entre as aulas presenciais e a distância não mais existirá, e o ensino será uma mistura de ambas, com a tecnologia plenamente inserida no meio. Enquanto esse momento não chega, é hora de começar esse processo, introduzindo mudanças e soluções digitais nas classes tradicionais. A adoção da sala de aula invertida traz o debate sobre as mudanças promovidas pelo ensino. E, se surgirem oposições, há algumas formas de lidar com elas.

Veja como lidar com as oposições dos alunos quanto às mudanças proporcionadas pelo ensino híbrido

Situação 1: os alunos sentem falta da aula expositiva

Uma das grandes questões a respeito do ensino online é a autonomia do estudante. A educação digital permite que o estudante se empodere do seu aprendizado desde o conteúdo até a decisão sobre os horários em que estudar. O que exige uma postura proativa do aluno. Como o único tipo de instrução conhecido é a fala do professor em sala de aula, muitas vezes, os estudantes confundem palestrar com ensinar. Não é porque o professor não passa um período inteiro diante da classe discorrendo sobre um assunto que ele não está lecionando. Pelo contrário, as possibilidades de vivências da EAD podem, inclusive, enriquecer a experiência de aprendizado.

Um questionamento de um estudante a partir da falta de aulas expositivas diante da classe é o ponto de partida para um ótimo debate: afinal, precisamos desse formato? Por que as escolas se constituíram dessa forma? Não é tempo de se reinventar? É importante que os alunos saibam diferenciar a assimilação da transmissão do conhecimento.

A sala de aula invertida permite que os alunos utilizem o tempo de aula para aprofundar, tirar dúvidas e questionar o conteúdo, o que é uma forma muito mais interessante de utilizar as reuniões presenciais. O mesmo serve para os alunos da EAD e seus encontros com tutores.

Situação 2: os alunos acreditam que aprendem melhor com o método tradicional

Após passarem anos na educação básica quase que unicamente aprendendo por meio de aulas expositivas, é natural que os alunos acreditem que essa é a forma mais efetiva, ou até mesmo a única maneira de aprender.

No entanto, o professor de matemática da Grand Valley State University (EUA) Robert Talbert, PhD em Effective Learning Strategies (estratégias para o aprendizado efetivo, em tradução livre), afirma que, diante de tal argumento, costuma perguntar para seus alunos: quais foram seus três aprendizados mais importantes na vida? A lista do professor inclui falar sua língua nativa, se alimentar e ir ao banheiro. Ao repassar a pergunta para os estudantes, o professor completa: e como você aprendeu essas coisas? Na imensa maioria das vezes, a resposta é uma mistura de alguma instrução com uma sequência de tentativas e erros, juntamente com a pressão social. Ou seja, ninguém jamais responderá que aprendeu tais coisas a partir de uma palestra.

Demonstre para seus alunos que existem diversas formas de aprender, para que eles não se prendam à necessidade de um professor diante de uma classe para assimilar o conteúdo de seu curso.

Situação 3: o aluno acha que não tem que se “autoensinar”

Na sala de aula invertida, assim como acontece no ensino digital, é responsabilidade do aluno se apropriar do conteúdo e se preparar para o encontro com a turma, no primeiro caso, ou com seu tutor, no segundo. Muitas vezes, o ato de se “autoensinar” pode ser visto negativamente por alguns estudantes, que acreditam necessitar da presença e das lições constantes do professor.

Para iniciar um debate acerca de educação a partir dessa visão nem tão positiva, basta questionar: por que você está estudando? As respostas, em sua maioria, irão variar entre o preparo para uma carreira de sucesso, o crescimento pessoal e experiência de vida. E o que essas coisas têm em comum? Elas estão diretamente ligadas à noção de “aprender a aprender”.

Ter uma carreira de sucesso, evoluir de maneira significativa e usufruir das experiências vividas são situações que envolvem o gosto por descobrir e aprender coisas novas. E, principalmente, fazer tais coisas com autonomia. Por isso, os ensinamentos da sala de aula virtual para a presencial são o empoderamento e a responsabilidade do aluno, bem como o desenvolvimento da capacidade de aprender ativamente, guiando sua própria educação. Seja no ensino híbrido, seja no online, incrementar essas habilidades será capaz de formar melhores profissionais, mais independentes e que saibam buscar soluções.

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Via: Blogs Desafios da Educação