O impacto dos Rankings Internacionais para as Universidades brasileiras

O impacto dos Rankings Internacionais para as Universidades brasileiras

Escolher a Instituição de Ensino Superior (IES) é um desafio para qualquer estudante. Se, há alguns anos bastava a universidade ter um nome reconhecido, apenas pela sua grade curricular, hoje há outros parâmetros que podem fazer a diferença na hora desta importante decisão. 

Um deles é a chance de escolher uma instituição em qualquer parte do mundo. E, este rumo à internacionalização está inserido em algo maior, a globalização do conhecimento, de currículos, espaços e intercâmbios de estudantes e docentes, em busca da diversidade no ambiente acadêmico.

Neste contexto, estar atento aos Rankings Internacionais das Universidades passa a ser uma estratégia fundamental para os estudantes, pois trazem dados valiosos, para se ter um olhar mais crítico para uma decisão.

Fazer parte da lista dos ranqueados sinaliza que a Instituição de Ensino Superior não proporciona apenas uma formação educacional pura e simples, mas tem como propósito preparar cidadãos, capazes de entender seu papel e impacto de suas ações para a sociedade. E, para que sejam bem-sucedidos em sua jornada profissional e pessoal, precisam ser agregadores de seu conhecimento nas organizações onde irão trabalhar, seja uma startup ou multinacional.

PUC Minas, um centro de excelência em aprendizagem

Para a universidade, estar bem colocada em um ranking internacional tem um peso ainda maior, pois a deixa, lado a lado, com o que há de mais avançado na formação pedagógica no ensino superior. E essa posição em evidência tem sido levada tão a sério, que diversas IES estão se organizando, internamente, para poder se preparar para responder os questionários de participação. É o caso da PUC Minas, parceira da Minha Biblioteca desde 2013, que tem se evidenciado nas classificações.

A partir deste ano, foi instituída a Comissão Permanente de Rankings Internacionais, responsável por acompanhar e responder às demandas. Presidida pelo professor Carlos Barreto Ribas, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, a Comissão é composta por docentes e funcionários de setores estratégicos.

“Nosso objetivo é organizar as informações, conhecer melhor a metodologia de cada ranking e poder responder com mais propriedade, além de prospectar novos rankings nos quais a PUC Minas poderia ser avaliada. E, além desse diálogo externo, sistematizar, internamente, essas informações para o preenchimento dos formulários”, explica a professora Ana Tereza Lanna Figueiredo, Membro da Comissão, representando a Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (Seplan).

Ela ressalta, ainda, que na universidade as ações são muito complexas e dinâmicas. “Às vezes não se consegue ter domínio de tudo que está sendo realizado, para apresentar os dados com precisão, pois os rankings mobilizam ou demandam informações da instituição, dos campi e unidades e cursos de graduação e pós-graduação. Qualquer “gap” neste registro, pode prejudicar a avaliação como um todo”. 

Outro aspecto relevante é que os rankings são um espelho de como as universidades de diversos países trabalham hoje o conhecimento e quais as metodologias que estão sendo valorizadas, o que possibilita fazer uma análise de como a instituição está inserida neste contexto. “É uma oportunidade de termos mais subsídios para nosso planejamento estratégico e para gestão e internacionalização”.

Inovação e conhecimento

Neste cenário, a professora Josmária de Oliveira lembra que a missão da PUC, como uma instituição católica de educação, é cada vez mais reconhecida pela sua capacidade de gerar conhecimento e inovações e este desafio passa por promover a inclusão social e consolidar alianças nacionais e internacionais, com atuação em diversas áreas. 

“Seguimos a orientação de criar possibilidades para nossos estudantes vivenciarem experiências em outros países, vislumbrando o seu futuro. Hoje, a PUC Minas já mantém diversos convênios nesta área. Cursar uma universidade bem classificada no ranking também é um agregador em sua formação”, comenta a Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis, da PUC Minas Virtual.

De olho nos rankings

Um dos mais reconhecidos é o Times Higher Education (THE). A publicação britânica é considerada um dos principais indicadores de educação superior do mundo, desde 2011, publicando o ranking Mundial e o da América Latina e Caribe, desde 2016.

Os critérios de avaliação classificam as universidades por indicadores de desempenho agrupados em cinco áreas: ensino (ambiente de aprendizado), pesquisas (em quantidade, investimentos e reputação), citações (influência dessas pesquisas no ambiente acadêmico em geral), perspectivas internacionais (de docentes, estudantes e pesquisas) e renda da indústria (gerada com transferência de tecnologia produzida dentro da universidade).

Na edição de 2021, publicada recentemente pelo Times Higher Education Latin America University Rankings, o Brasil é o país com o maior número de universidades do ranking, com 67 universidades entre 177, seguido por Chile (28), Colômbia (24), México (23), Equador (11), Argentina (9) e Peru (8). Das IES particulares nacionais, a PUC é que mais aparece, representada pelos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul.

O impacto dos Rankings Internacionais para as Universidades brasileiras

A PUC Minas se destacou, este ano, nos dois rankings da THE. Foi a única universidade particular do Estado a configurar no Times Higher Education Impact Ranking 2021, entre as 1.117 instituições de 98 países participantes, que avalia o comprometimento e o impacto social das ações desenvolvidas pelas universidades, diante dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), nas áreas de pesquisa, alcance e gestão.

Dos 17 itens avaliados, ficou entre as 200 melhores do mundo na promoção de ações de combate à pobreza, saneamento básico, ações climáticas e vida na terra. Na classificação geral, figura entre as 600 mais bem colocadas, com a pontuação de 63.1 – superior à de 2020 – de 52.3. Também apresentou destaque em outros quesitos, ficando entre 101ª e 200ª nos objetivos: “Água potável e saneamento”, “Ação contra a mudança global do clima” e “Vida terrestre”.

Já no ranking da América Latina e Caribe, a PUC é a única instituição privada de Minas Gerais, entre as 67 brasileiras citadas e se destacou na pesquisa e captação de recursos para essa área, junto ao setor privado (Industry Income). 

Para Josmária, estas conquistas refletem um extenso trabalho realizado pela instituição para ampliar as bases do conhecimento, investindo no acesso às informações, com o trânsito por uma bibliografia de qualidade, incluindo um acervo online. 

“Preparamos nossos estudantes para desenvolver um olhar crítico e analítico, que é o que se exige hoje, quando se pensa em inovação. Ensino, Pesquisa e Extensão formam um tripé orientado para a cidadania e devemos nos valer de todas as ferramentas, inclusive tecnológicas, para atingir este propósito, dando a eles a capacidade de fazer sempre escolhas conscientes”.

Acessibilidade à informação

Cássio José de Paula, Coordenador do Sistema de Bibliotecas da PUC Minas, reforça o sentimento de dever cumprido quando avalia o desempenho nos rankings. “O resultado corrobora o trabalho que vem sendo feito há muito tempo dentro da universidade. Por maior que seja o desafio, o espírito é de inovação, resiliência e adaptação, em todas as esferas, da gestão superior ao corpo docente e discente”, afirma.

Para ele, o ambiente de aprendizado da instituição, um dos critérios avaliados, tem como forte aliada a tecnologia que, em sua visão, faz toda a diferença na excelência da PUC Minas. “Impossível imaginar, um ano de restrições como foi o de 2020, por causa da pandemia, sem um suporte informacional para a comunidade acadêmica. A biblioteca online é um requisito essencial, em tempos de ensino remoto, para garantir uma formação acadêmica alinhada às competências e dinâmica de um mercado de trabalho cada vez mais digital”.

Na análise da professora Josmária, apesar de tantas limitações geradas por este ano atípico, este cenário trouxe algo de bom: favoreceu o desenvolvimento das competências digitais, pois os estudantes tiveram uma experiência mais intensa na sua proximidade com os recursos tecnológicos.

“A Minha Biblioteca teve um impacto essencial neste período, pelos recursos da plataforma que permitem acesso e compartilhamento de um amplo acervo digital, numa interação entre professores e estudantes. Esta dinâmica também fortaleceu o processo de autonomia dos estudantes e acessibilidade a múltiplas áreas do saber, com o uso de títulos, inclusive de outras áreas, para complementar seu aprendizado. Foi uma fase de quebra de paradigmas, de consolidar o uso das ferramentas digitais para os já habituados ou os que tiveram que passar por uma adaptação, para aderirem de forma gradual e favorável”, observa.

Tecnologia transformadora

O coordenador Cássio destaca, ainda, o impacto positivo e transformador da plataforma digital no trabalho de curadoria dos docentes, desde a pesquisa, seleção, mapeamento e avaliação dos conteúdos mais relevantes e atualizados, até a inserção em planos de aula personalizados.  

Para os estudantes, houve incentivo e mais facilidades no ensino remoto. “Em determinadas áreas é difícil atualizar o acervo físico, em função do grande volume de lançamentos de novas obras. Além disso, você rompe barreiras com a acessibilidade. Um mesmo livro, mesma edição, pode ser acessada por diversas pessoas, ao mesmo tempo, de forma ilimitada”, ressalta.

A PUC Minas também tem investido em treinamentos periódicos de professores e estudantes para ampliar o uso da biblioteca digital, facilitar o acesso ao acervo com milhares de livros e todas as ferramentas que a Minha Biblioteca oferece para apoiar a leitura online e o aprendizado:  aumento da tela, leitura em voz alta, anotações e realces com opções de cores e pesquisa por palavra-chave, ISBN, título ou autor, por exemplo. 

“Os agentes da educação precisam se atualizar e entender que as tecnologias da informação impactam positivamente nosso trabalho e isso repercute em toda a instituição”, diz o coordenador.

Com mais de 30 anos de experiência, Cassio é um entusiasta da inovação e, para ele, compreender o uso da biblioteca online é abrir a cabeça para as inúmeras possibilidades que a plataforma oferece.  “A transformação digital na educação apresenta um novo universo para os estudantes, na construção do conhecimento, a partir de novas leituras disponíveis a qualquer hora, em qualquer lugar. Esse é o novo normal”.

O Times Higher Education Latin America University Rankings pode ser conferido aqui.

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