Livros digitais serão mídias completas em até três anos

Com vídeos, infográficos e edições que atualizam informações automaticamente, mercado literário estima em três anos prazo para obras deixarem de ser apenas cópias eletrônicas

 

O mercado de livros digitais didáticos cresceu no Brasil quase 50% em 2013, na comparação com o desempenho do ano anterior. Editoras e especialistas em educação e ensino indicam que esses produtos deixarão de ser apenas exemplares similares aos impressos físicos em aproximadamente três anos, até 2017.

A demanda crescente tem feito uma corrida entre as companhias e os players têm procurado se adequar, ao mesmo tempo em que a concorrência aumenta.

De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL), os livros digitais didáticos somaram vendas na faixa de R$ 900 mil em 2013, ante cerca de R$ 525 mil em 2012 – crescimento de 58%.
Nenhuma das editoras que produzem livros didáticos, consultadas pelo DCI abriu o percentual correspondente à venda desses produtos frente aos livros físicos. Ainda assim é consenso que as compras realizadas por administrações públicas fomentam o segmento, e proporciona know-how para que empresas desenvolvam materiais virtuais, dedicados ao ensino e educação privado.

Livros paradidáticos

As projeções otimistas de produção de livros não são sustentadas apenas por editores de obras educacionais. Os títulos paradidáticos despontam na mesma direção, com vendas ainda discretas, porém horizonte de alta, para a negociação de obras fora do papel.
O diretor de produtos digitais do Grupo Saraiva, Deric Guilhen, reforça que é importante para a companhia ser participante e ativa em todas as etapas de criação, produção, editoração e venda das obras. “Nós criamos e distribuímos conteúdo, tecnologia e serviços por meio dos nossos negócios editoriais e de varejo. Participamos de todas as etapas.”
Guilhen indica até um passo contrário à onda do mercado. A empresa apresenta cases de e-books com sucesso de vendas tão grandes que sua produção editorial, inicialmente apenas virtual, se tornou agora física. O exemplo é um livro técnico que explica o que é Excel, programa de planilhas matemática desenvolvido pela gigante de software Microsoft. Guilhen ressalta também que entre os livros paradidáticos, os classificados como “interesse geral”: romance, ficção, poesia, autoajuda e religião, são atualmente os títulos digitais mais procurados.

 

Via DCI

 

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