Em que momento você começou a gostar de ler?

Esses dias, num desses momentos de reflexão, fiquei pensando em que momento comecei a gostar de ler. Isso porque eu queria tentar lembrar qual foi a mágica que meus pais fizeram. Não achei que precisava de alguma mágica até que tive minha primeira filha.

Claro, não me lembrei que durante a minha infância inexistia streaming de desenhos, celular e afins. A prática da leitura evoluiu em novos formatos de consumo de conhecimento ou entretenimento, seja pelos podcasts, audiolivros ou ainda eBooks com opção de áudio como a maioria dos da Minha Biblioteca.

De qualquer maneira, o fato é que eu leio desde criança. Eu lia bastante nas férias. As professoras faziam listas de livros. Cada estudante tinha que ler um livro da lista. Eu lia uma parte da lista. Me divertia com O fantasma de Canterville, O grande mentecapto e outros vários da Coleção Vagalume.

Com a minha filha o processo foi outro, não rolou paixão à primeira vista. Histórias à noite para dormir?  Quase sempre ela não curtia a não ser que eu inventasse uma história eu mesma. Nada parecia funcionar. No momento de alfabetização piorou, além da ausência do interesse em ler, tinha horror à leitura em si. Foi mais um presente que a pandemia nos deu com as aulas remotas para crianças, tão novas em um dos momentos mais incríveis da vida que foi perdido ou postergado.

Uma vez, passado o processo traumático de aprender a ler, veio a grande descoberta. Tinha um jeito especial de chamar a atenção da Lili pela leitura. Primeiro a professora deu apoio especial – ela era aluna nova da escola e a alfabetização era só um dos desafios de quem não ia para escola há um ano.

Nós como pais também descobrimos como aflorar o interesse pela leitura. A gente ainda não tinha acertado os temas dos livros mais legais para ela. Eu comprava os livros que eu achava que ela ia gostar, comprava de todos os temas possíveis (menos de princesas que é um tema que me irrita um pouco), BOOM – descobri. Ela curte livros de aventura e mistério. O amor pelo livro nasce. Ela começou a devorar alguns livros.

A leitura é uma habilidade crucial para a vida que oferece inúmeros benefícios para indivíduos de todas as idades.

A leitura regular desafia o cérebro, ajudando a melhorar a memória e a concentração, além de aumentar as habilidades de pensamento crítico. A leitura é uma ótima maneira de aprender coisas novas e expandir sua compreensão do mundo. E aí penso que cai por terra essa discussão sobre se é a mesma coisa ler ou ouvir um livro. Seja lendo ou ouvindo você está consumindo informação e se entretendo.

E você, que livros lia na infância?

*Artigo escrito por Giselle Guimarães Ramos, CEO da Minha Biblioteca, e publicado originalmente no LinkedIn.

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