As metodologias ativas acompanham as novas tecnologias e suas tantas possibilidades na área da educação. Especialmente entre IES, essas metodologias se destacam na hora de descentralizar a sala de aula, isto é, agregar novas formas de aprendizado e desenvolvimento de certas habilidades.

No entanto, embora cada vez mais populares e repletas de formas de integração, essas metodologias ainda estão rodeadas por dúvidas. 

Neste artigo, a Minha Biblioteca aponta 10 opções de metodologias ativas de ensino que podem ser implementadas no ensino superior para promover maior envolvimento dos estudantes na IES. Confira!

Importância das metodologias ativas no processo de aprendizagem

As metodologias ativas de aprendizagem são grandes aliadas entre todos os agentes da educação. Portanto, cada uma delas desempenha um papel frente a estudantes, professores e até mesmo às instituições de ensino.

No caso dos estudantes, as metodologias de aprendizado ativas garantem um processo de aprendizado que parte das necessidades deles. Sendo assim, ao encontrar um determinado curso, os módulos consideram as aspirações e os objetivos dos discentes em médio e longo prazos.

Principalmente no ensino superior, os discentes procuram cursos e pós-graduações com diferentes propósitos, mas, muitas vezes, dividem objetivos em comum. Com uma metodologia ativa, todo aprendizado serve como base para alcançar essas metas compartilhadas pelos estudantes.

Já em relação ao professor, as metodologias ativas se destacam por permitir um plano de aula mais flexível e, ao mesmo tempo, contextualizado às demandas dos estudantes. Na prática, isso mantém o nível de engajamento mais alto.

Além disso, esses ambientes em sala de aula mais dinâmicos proporcionam diagnósticos mais precisos em relação aos discentes. Dessa forma, embora o aprendizado seja protagonizado pelos estudantes, o professor segue como o responsável pelo avanço da turma e fica munido de métodos mais atrativos para incentivar o engajamento durante as aulas.

Sendo assim, as IES que trazem metodologias de ensino ativas, além de se destacar entre a comunidade acadêmica, oferecem um diferencial competitivo na formação do estudante. Bastante úteis no ambiente de aprendizado, esses métodos geram maior reconhecimento dentro do mercado e fortalecem tanto a captação quanto a retenção de estudantes.

Desafio do uso das metodologias ativas no ensino superior

Apesar de inúmeros benefícios, há desafios a ser superados para que as metodologias ativas se consolidem como uma realidade no ensino superior.

Entre todas as barreiras, as principais questões envolvem a resistência dos agentes da educação, o acesso à tecnologia por parte da comunidade acadêmica e a falta de conhecimento em relação às novas metodologias de ensino.

A resistência por parte de professores e outras frentes da IES acontece, muitas vezes, por falta do conhecimento sobre as novas tecnologias e dificuldade em mudar padrões tradicionais já estabelecidos. Felizmente, isso pode ser facilmente superado com treinamentos.

Outro ponto igualmente importante, o acesso à tecnologia deve ser um ponto de atenção para as IES. Nesse sentido, a própria IES pode fornecer equipamentos e soluções de acessibilidade digital para disponibilizar uma infraestrutura adequada para o desenvolvimento das atividades acadêmicas.

Dessa forma, as IES conseguem inserir a comunidade acadêmica em um ambiente tecnológico capaz de promover o estímulo ao processo de ensino-aprendizagem que se adeque às necessidades dessa nova geração de estudantes que chega ao ensino superior.

Além disso, as metodologias ativas são pontos de apoio essenciais para promover um ensino de qualidade e capaz de engajar estudantes nas IES.

10 exemplos de metodologias ativas para engajar estudantes nas IES

Para ter um plano de aula com metodologias ativas, os professores devem conhecer quais são os principais métodos disponíveis e quais se adequam melhor ao ensino superior.

A Minha Biblioteca listou os principais exemplos de metodologias de aprendizagem ativas para IES que são conhecidas pelos bons resultados entre docentes e discentes. Confira a seguir.

1. Gamificação

A gamificação na educação diz respeito ao uso de jogos dentro do processo de aprendizado, podendo ser presenciais, on-line ou híbridos. Hoje, essa gamificação é uma realidade, e você encontra plataformas, aplicativos e jogos em si focados em gamificar um saber.

Ao escolher esse tipo de estratégia, o professor deve propor bons desafios, coerentes com as competências que espera desenvolver dos alunos. Logo, ao usar elementos de jogos, o docente consegue engajar os estudantes a buscar seus objetivos.

2. Sala de aula invertida

Um dos exemplos mais comuns de metodologia ativa, a sala de aula invertida considera os estudantes protagonistas do aprendizado a partir de estudos em ambientes externos, como em casa.

Na sala de aula, o foco é debater e solucionar problemas reais a partir dos saberes conhecidos anteriormente. Tudo isso a partir da intermediação do professor com foco na melhor fixação dos conteúdos debatidos.

3. Cultura maker

A educação baseada em cultura maker cria provocações e incentiva os estudantes a criar, recriar e montar objetos ou programas com as próprias mãos. Desse modo, um exemplo mundialmente conhecido, como um jogo, logo ou programa, é recriado pelo discente.

O espaço maker tem como foco o empoderamento do estudante, de forma a incluí-lo como aliado e defensor para fazer coisas que sejam importantes para ele. Dessa forma, a IES se torna um local culturalmente receptivo e relevante para abrir portas e derrubar as barreiras entre professores e estudantes.

4. Storytelling

Como o próprio nome sugere, o storytelling considera a contação de uma história com o propósito de engajar os estudantes e mantê-los atentos aos tópicos apresentados durante a fala.

Assim, é possível quebrar a ideia de ensino tradicional e focar no envolvimento entre discentes e docentes. Uma narrativa interessante promove maior retenção do conhecimento e estimula debates enriquecedores no ambiente acadêmico.

5. Design thinking

O design thinking considera a estruturação da sala de aula, tanto fisicamente quanto subjetivamente, com o propósito de facilitar a troca e a criação de soluções dentro do ambiente de ensino. Para isso, tudo tem a participação dos estudantes com a intermediação dos professores.

No ensino superior, o design thinking é uma excelente ferramenta para resolver problemas de acordo com a aprendizagem investigativa. Assim, o estudante passa por outras etapas que vão além de apenas ouvir e absorver, como: a descoberta, a interpretação, a ideação, a experimentação e a evolução.

Essas são etapas fundamentais para promover o dinamismo e o engajamento na sala de aula.

6. Estudo de caso

O estudo de caso está entre os exemplos mais comuns de metodologias ativas no ensino superior e considera o uso de exemplos reais para criar provocações. Desse modo, os estudantes precisam refletir e considerar pontos positivos ou negativos a partir de determinados exemplos.

O método usa experiências reais para provocar os estudantes e fazê-los refletir sobre determinado tema. Dessa forma, os discentes podem analisar um problema de forma detalhada e discutir as possibilidades de solução, fato que ajuda na tomada de decisões quando estes já estiverem no exercício da profissão.

7. Aprendizagem baseada em projetos

Também conhecida como Project Based Learning, a aprendizagem baseada em projetos traz desafios aos estudantes, que são convidados a solucionar um problema-teste a partir de soluções e ferramentas descobertas em sala de aula.

Ao propor o projeto, o professor estimula o estudante a enfrentar desafios que encontrará no exercício da profissão. Contudo, nesse momento, o docente será um ponto de apoio para guiar o desenvolvimento dos discentes.

Os estudantes, por sua vez, serão responsáveis por elaborar planos de ação que visem alcançar resultados positivos e criativos.

8. Aprendizagem baseada por problemas

Por outro lado, a aprendizagem baseada por problemas considera as potenciais dificuldades que os estudantes enfrentarão dentro de determinada realidade. A partir disso, os próprios discentes encontrarão soluções a partir desse desafio ficcional.

Nesse caso, os professores propõem problemas (reais ou fictícios), e os estudantes devem apresentar soluções convenientes para resolvê-los. Esse é um método que estimula a criatividade e a autonomia, desenvolvendo habilidades essenciais para a atuação profissional no futuro.

9. Aprendizagem entre pares ou times

A aprendizagem entre pares ou times é uma metodologia ativa que considera o debate e a reflexão em conjunto sobre um tema levado à sala de aula.

O método surgiu na Universidade de Harvard e usa outra metodologia ativa que apresentamos aqui, a sala de aula invertida. Contudo, nesse caso, o foco é estimular o estudante a estudar fora do ambiente acadêmico.

Tudo é feito com prévio direcionamento do docente e há aplicação de testes em períodos determinados. Posteriormente, os resultados são apresentados à turma para gerar material para debate e promover um feedback constante entre professores e alunos, que pauta as aulas e torna o ensino mais certeiro.

10. Ensino híbrido

As metodologias ativas e integradoras são possíveis graças ao