Um aplicativo educacional que pode ser baixado em smartphones ou tablets está mudando a vida de moradores de Itatiba, no interior de São Paulo. O Programa de Alfabetização na Língua Materna, conhecido como Palma, ensina a ler e escrever, desperta a motivação dos alunos e ajuda a reduzir a evasão escolar.

A iniciativa está sendo testada com uma turma de Educação de Jovens e Adultos da Cooperativa de Materiais Recicláveis de Itatiba e com 30 alunos da Escola Municipal de Educação Básica Cel. Manoel Joaquim de Araújo Campos, onde faz sucesso entre os alunos. Eles dizem que o software é “muito bom” e que “é possível aprender brincando”. “Giz e lousa já eram”, segundo a coordenadora pedagógica da escola, Angela Ivete Ramos.

O aplicativo estimula e complementa, por meio digital, as habilidades de leitura, escrita e compreensão de texto. De acordo com a professora responsável pela aplicação da tecnologia no processo de alfabetização há seis meses, Maria da Gloria Viana, os resultados são surpreendentes. Os alunos sentem-se valorizados, motivados, realizam os exercícios em casa e aprendem através de jogos e pequenos testes que separam cada nível de aprendizado.

“O Palma aumenta a frequência em sala de aula e a concentração do aluno, diminui a evasão escolar e retém o aprendizado. Muitos adultos aprendem, mas acabam não exercitando. O programa gera um grande impacto na autoestima dos alunos”, disse o matemático José Carlos Poli, idealizador do projeto e presidente da IES2, startup que criou o aplicativo. Ele expõe os dados de impacto social baseado em pesquisas feitas com 300 alunos da rede pública que testaram o programa. O uso da tecnologia no processo de alfabetização também aumenta o tempo de estudo e estimula a autonomia do aluno.

Ao todo, a cidade atende 83 alunos, incluindo os de 1º a 9º ano que precisam de reforço no processo de alfabetização e um estudante com Síndrome de Down. Projetos pilotos como o Palma também ocorrem em outros sete municípios, entre eles Campinas (SP), Franca (SP) e João Pessoa (PB), onde foi montada uma sala de aula em uma obra de construção civil. “O Projeto Palma é importante como uma ferramenta para auxiliar no processo de alfabetização e ao mesmo tempo promove a inclusão digital para aquelas pessoas que não são familiarizadas com tecnologia”, comentou, através da assessoria de imprensa, Fatima Polesi Lukjanenko, secretária municipal de educação de Itatiba.

Aplicativo

O Palma engloba um conjunto de aplicativos que combina sons, letras, imagens e envio de dados. Há cinco níveis de dificuldade: alfabeto, sílabas simples, sílabas complexas, universo vocabular e leitura e compreensão de textos. No tablet, é possível até mesmo aprender a escrever utilizando o touch screen, que indica exatamente o movimento de escrita que deve ser feito a cada letra.

Em cada fase há testes que avaliam continuamente o progresso do aluno, gerando automaticamente um relatório ao professor responsável. Isso permite não só um acompanhamento individual e específico sobre cada uma das dificuldades detectadas, como também respeita o tempo de aprendizagem de cada estudante. Ao todo, são 4.331 atividades de fixação, de avaliação e de jogos. “Respeitar a velocidade de cada um é fundamental”, avalia Poli. “O Palma muda a vida das pessoas”, conclui ele.

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Fonte: Porvir

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