Minha Biblioteca é a plataforma escolhida pelas principais Universidades Estaduais do Paraná

Democratizar o conhecimento, com acesso de milhares de estudantes numa mesma plataforma de conteúdo acadêmico. Esta parece ser uma tendência entre as IES (Instituição de Educação Superior), quando se pensa em disponibilizar um acervo digital, para todos os cursos ofertados e de diferentes campus

O objetivo é que se possa promover uma maior racionalidade, tanto no uso das ferramentas tecnológicas, como na aplicação de verbas financeiras, tornando mais viável a aquisição compartilhada de e-books e outros recursos, para atender as bibliotecas universitárias de maneira igualitária.

Esta foi a estratégia adotada nas Universidades Estaduais do Paraná e que teve a Minha Biblioteca como a plataforma escolhida, numa iniciativa do Governo do Estado – por meio da Fundação Araucária, Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e a Universidade Virtual do Paraná (UVPR). 

O propósito é uma melhoria na qualidade da Educação e a disseminação do conhecimento, num amplo acervo virtual que contribuirá para o aprimoramento do aprendizado, pesquisa e extensão no sistema do Ensino Superior no Estado do Paraná.

“É a primeira aquisição feita, em rede, pelas Universidades Estaduais para acervos digitais e creio que outras virão, considerando que, numa sociedade tecnológica, a questão de acesso a informações e conhecimento, por meio digital, é essencial. A iniciativa contribui no processo de ensino e de aprendizagem, na interação professor-estudante com e-books, fundamentais na formação dos acadêmicos”, explica Maria Aparecida Crissi Knuppel – Coordenadora da UVPR (Universidade Virtual do Paraná).

Informação diversificada

São mais de 10 mil títulos, disponibilizados em uma única plataforma, a Minha Biblioteca, num acesso ilimitado à base de dados, com autores renomados, de importantes selos editoriais, com catálogos atualizados nas diversas áreas do conhecimento, para todos os cursos e comunidade acadêmica. O projeto prevê o total de 31.500 licenças, durante dois anos e divididas entre a UEM, UEL, Unioeste, UEPG, Unespar, Unicentro e UENP. 

Maria Knuppel explica que a Fundação Araucária e a Seti têm como um dos focos de atuação a transformação digital em todos os setores da sociedade. “Neste caso, em especial, o direcionamento foi para as universidades e, por isso, nos procuraram para que, alinhados, articulássemos um processo de aquisição de biblioteca digital. Uma das finalidades da UVPR é fomentar ações conjuntas das instituições de Educação Superior públicas do Estado do Paraná, com o objetivo da melhoria da qualidade do ensino, por meio da gestão de ações de caráter acadêmico-administrativas, que visem integrar as atividades de ensino, pesquisa e extensão nas instituições parceiras e este projeto se encaixa nesta finalidade”. 

A Coordenadora detalha, ainda, que já se conhecia a reivindicação dos bibliotecários, que era comum a todos e, a partir daí, foram pesquisadas as plataformas, os modelos de negócios e os acervos. “Aos poucos, delineamos exatamente o que precisávamos e demos sequência às negociações. Foi neste processo que optamos pela Minha Biblioteca, por atender todas as demandas do projeto”.

 

Foram vários critérios considerados nesta escolha, como ela enumera. Entre os mais importantes, destaque para os títulos, apresentados nos diferentes catálogos da plataforma Minha Biblioteca, que contemplam grande parte das bibliografias básicas dos cursos de graduação e de pós-graduação oferecidos pelas universidades; a reunião das principais coleções de editoras acadêmicas consagradas; um acervo em constante atualização e a praticidade de acesso, possibilidade de integração, interação e de interfaces disponíveis aos usuários.    

Inclusão Digital

O projeto foi impulsionado pelas inevitáveis mudanças na Educação, geradas a partir de dois anos de isolamento social e pela movimentação, que já estava acontecendo, no perfil das novas gerações de estudantes, na busca de uma dinâmica mais tecnológica no consumo de conteúdo.

Estes cenários foram determinantes, dentro de um processo de transformação digital, para poder atender as demandas como o Ensino Híbrido e oferecer uma estrutura para que a qualidade do ensino mantivesse seu avanço, avalia Maria Aparecida Knuppel.

“Nas nossas universidades já havia um movimento de diversos setores em busca desses serviços. Contudo, a pandemia deixou ainda mais evidente esta situação, considerando o Ensino Remoto Emergencial. Mas vale lembrar que, com o surgimento do ‘leitor ubíquo’, há novas formas de ler que se impõem nesta sociedade tecnológica e hiperconectada”, comenta.  

É neste contexto que a aquisição do acervo virtual de livros se tornou mais relevante. “O uso de e-books abre uma possibilidade para que os estudantes possam acessar, em qualquer tempo e espaço, materiais importantes para sua formação. Isso, sem dúvida, contribui, significativamente, para o enriquecimento curricular e para o aprofundamento teórico, entre outras possibilidades de estudos em conjunto: alunos e professores”, analisa Maria Knuppel.

E completa:  “há várias vantagens e diferenciais de uma biblioteca digital para o Ensino Superior, como já mencionei, mas vale destacar que  o usuário pode constituir seu itinerário de leitura e, ao mesmo tempo, se formar como leitor crítico e fluente; pode realizar anotações e fichamentos que auxiliarão no desenvolvimento de projetos e de pesquisas; se permite, aos gestores, monitoramento a relatórios de uso, que trazem dados significativos para entender os percursos de leitura dos alunos e, outras informações necessárias para o planejamento curricular dos cursos e das disciplinas”. 

Para que esta engrenagem funcione, docentes e gestores estão envolvidos num processo de capacitação, com o apoio dos especialistas da Minha Biblioteca, segundo a coordenadora.  Mas, pela plataforma ser bastante intuitiva, o acesso aos títulos e outros recursos têm ocorrido de forma positiva. 

Minha Biblioteca é a plataforma escolhida pelas principais Universidades Estaduais do Paraná

Acesso para todos

Um dos objetivos do projeto era dar acesso a um acervo virtual, mas onde tudo estivesse à disposição num mesmo lugar. E é exatamente este o papel da Plataforma Alexandria, que congrega iniciativas das sete Universidades Estaduais do Paraná, em um local único. Basta acessar o link alexandria.uvpr.pr.gov.br ou https://sites.uvpr.pr.gov.br/acervodigital/ para conhecer os acervos, museus, revistas, editoras, agências e outras iniciativas relevantes desenvolvidas nestas instituições: UEL, UEM, UENP, UEPG, Unespar, Unicentro e Unioeste. Este é também o caminho para a se chegar à Minha Biblioteca.

“A plataforma disponibiliza possibilidades de trocas e processos de estudos compartilhados. É uma oportunidade ímpar de ter acesso aos conteúdos essenciais para a formação dos estudantes, que talvez não conseguissem em obras físicas. Ler no digital, em qualquer tempo e espaço, contribuirá muito para a qualidade do nosso ensino”, avalia Maria Aparecida.

A Coordenadora da UVPR reconhece que estas ferramentas e recursos impactam a Educação e, para ela, falar da importância da Tecnologia e da informação parece lugar comum, mas em tempos de tanta divergência, um dos únicos consensos na sociedade atual é de que este avanço é um caminho sem volta e os produtos resultantes dele moldarão essa e as próximas gerações, em praticamente todas as suas ações. 

“Na Educação, em especial, as tecnologias por si só não refletem processos de ensino e aprendizagem, mas devem estar relacionadas a práticas, processos pedagógicos flexíveis e criativos, como oportunidades para se repensar os currículos, os conteúdos, a forma de organização de cursos e disciplinas, ou seja, os aspectos tecnológicos precisam estar associados ao ato educativo e sobrelevar interfaces sociais e políticas. Estes pressupostos nos instigam a repensar os processos de ensino e de aprendizagem na construção de uma Educação mediada pelo digital”, detalha. 

Hiperconectados

Quando questionada sobre o futuro da Educação, Maria Aparecida enxerga uma amplitude ainda maior de caminhos. “Esta pergunta tem muitas possibilidades de respostas e que não se esgotam aqui. Acredito que pensar a Educação aponta para a compreensão dos processos tecnológicos, pedagógicos, espacialidades e os seres humanos como primordiais para o seu desenvolvimento, em todas as partes do mundo. Afinal, práticas pedagógicas que não levam em conta estas relações estão fadadas ao insucesso, sobretudo quando voltadas para o processo de aprendizagem dessa nova geração que como sabemos é hiperconectada, são ‘polegarzinhas’ com seus dedos ágeis (Polegarzinha, obra do filósofo Michel Serres/2013), que utilizam as tecnologias móveis para acessar a internet e redes sociais e os conhecimentos que ali estão”.

No entanto, a coordenadora faz uma reflexão necessária para os tempos atuais: “Da mesma forma, o uso indiscriminado das tecnologias e, neste contexto do meio digital, sem a reflexão necessária, pode levar a abordagens tecnicistas, além de conduzir a Educação a processos de alienação, frente à realidade. Exatamente o contrário do que se busca, quando o que se procura é levar à autonomia dos sujeitos”, conclui. 

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