Ler, além de ser um grande prazer, ajuda a abrir um mundo de oportunidades. Quem lê sabe mais, aprende melhor, tira boas notas na escola e, depois de adulto, consegue bons empregos. Mas, infelizmente, poucos brasileiros têm o hábito da leitura.
O “leitor ativo” é a pessoa que lê pelo menos quatro livros por ano. De acordo com a Câmara Brasileira do Livro (CBL), em 2001 havia no País apenas 26 milhões de leitores ativos. Isso é muito pouco para um país como o nosso, de cerca de 170 milhões de habitantes. E segundo o Ministério da Educação, a grande maioria dos livros produzidos por ano no Brasil é de livros didáticos.
A pesquisa Retrato da Leitura no Brasil, de 2001, aponta que somente um terço da população adulta alfabetizada aprecia a leitura de livros. E existe grande diferença de região para região do País: mais da metade dos compradores de livros (58%) concentram-se nos estados do Sul e do Sudeste. Outra coisa a considerar é que, de cada 10 não-leitores, 7 são de classes com baixo poder aquisitivo.
Dados do Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional (Inaf) mostram que mais de um terço da população (34%) nunca foi a uma biblioteca. Nas classes D e E, esse percentual é de 49%.
Quantos livros cada pessoa lê por ano?
– 7 na França
– 5,1 nos Estados Unidos
– 5 na Itália
– 4,9 na Inglaterra
– 1,8 no Brasil
No Brasil apenas 16% da população detêm 73% dos livros. De 1995 a 2003, a venda de livros caiu 50%, e o número de títulos lançados, 13%.
Da população adulta alfabetizada do país:
– um terço aprecia a leitura de livros
– 61% têm muito pouco ou nenhum contato com livro
– 47% possuem no máximo dez livros em casa
Adaptado via EBC