Nos últimos anos, o número de bibliotecas digitais e virtuais tem aumentado significativamente. A informação é apontada pelo professor do Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília (UnB), Murilo Bastos Cunha.
Segundo ele, o crescimento se dá, principalmente, pelo surgimento de programas gratuitos que facilitam a construção desses repositórios de informações na internet.
A partir de 1996, as bibliotecas digitais começaram a ter maior desenvolvimento, após o início da fase comercial da internet no país.
Com a proliferação da internet, as bibliotecas tradicionais, que até então estavam muito focadas na preservação de seus acervos e na provisão de acesso físico de publicações impressas, passaram a desenvolver sistemas de catálogo automatizado, de acesso público.
Cunha destaca que esses sistemas de catálogo automatizado possibilitaram que os acervos das bibliotecas, que até então estavam confinados em um espaço físico restrito, pudessem ser conhecidos por um número muito maior de pessoas em nível nacional e internacional.
Uma das vantagens das bibliotecas digitais, na avaliação do professor, é que elas possibilitam aos usuários não só ter acesso, como trabalhar diretamente com as versões eletrônicas de documentos completos, de qualquer lugar e a qualquer tempo. Além disso, permitem maior agilidade no intercâmbio de informações com outras bases de dados.
“Mediante metadados e protocolos de intercâmbio de informação, as bibliotecas digitais podem compartilhar facilmente dados contidos em seus registros e melhorar sua operabilidade”, complementa Cunha.