Estudo feito no Reino Unido revela que jovens e crianças preferem ler através de tela de computadores e tablets.
Crianças e adolescentes estão lendo mais em computadores e aparelhos eletrônicos do que em livros, revistas, jornais ou quadrinhos. Esse é o resultado de uma pesquisa feita no Reino Unido pela National Literacy Trust, que revela que 52% das crianças preferem ler por meio digital enquanto apenas 32% fazem sua leitura através de publicações impressas. O estudo também apontou que meninas estão lendo mais do que garotos no papel, 68% contra 54%.
Para a diretora do Colégio Metodista, Debora Castanha, a leitura digital pode trazer benefícios para o aprendizado dos alunos. “O que a gente concebe, enquanto educadora, do uso da tecnologia é que o transcrever do físico para o virtual possa abrir possibilidades e outras formas de criatividade. A evolução da tecnologia deve trazer resultados de aprendizagem.”
Em 2009, existiam disponíveis no Brasil apenas 300 títulos digitais. Em 2010, esse número subiu para 3 mil, em 2011 alcançou 6 mil títulos, em 2012 foram 11 mil, em 2013 estavam disponíveis no país 25 mil livros digitais. Neste ano, o número de títulos digitais disponíveis já chega a quase 30 mil.
“As editoras foram bastante resistentes no início, mas essa questão já melhorou muito. Muitos editores já perceberam que o livro digital veio para somar e não para substituir os livros impressos”, afirma Ricardo Costa.
“Com o passar do tempo notamos que a televisão é mais um recurso para o entretenimento das pessoas, ela veio somar e não substituir como muitas pessoas acreditavam”, relata a historiadora Camila, ao lembrar que, quando surgiu a TV, acreditava-se que era o fim do rádio e do cinema, o que não aconteceu..
Pesquisa realizada pelo jornal O Estado de São Paulo revelou também que as pessoas gastam seis minutos por dia em leitura de livros impressos; 2h35 minutos com televisão e a nova geração, considerada multitarefa, em 61% das pessoas entrevistadas, praticam várias atividades ao mesmo tempo.
O jovem de hoje lê muito mais que o jovem de algumas décadas passadas. Hoje eles têm muito mais acesso à leitura e a informação. Eles estão sempre conectados com celulares, tablets, computadores e por isso estão sempre lendo”, disse Camila.
Texto adaptado Boa informação e Ted