No dia 12 de março é comemorado o Dia do Profissional de Biblioteca, homenageando Manuel Bastos Tigre, o primeiro bibliotecário concursado do Brasil há 60 anos. De lá para cá, muitas coisas mudaram e hoje esse profissional ocupa cada vez mais destaque nas instituições quando o assunto é inovar. Portanto, se você quer entender mais sobre a data, leia o conteúdo a seguir!

Para a presidenta do Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo (CRB-8), Ana Cláudia Martins, os profissionais de Biblioteconomia se adaptaram bem às mudanças tecnológicas. “O mundo se transforma e nós bibliotecárias(os) temos que acompanhar essas mudanças, sempre nos atualizando. A presença de um profissional de biblioteca em uma instituição remete a informação organizada e confiável”, resume Ana. 

A carreira em Biblioteconomia

De acordo com a biblioteconomista Denise Camacho, que atua na área de Customer Success da Minha Biblioteca, ainda existe o estigma de que a profissão se resume apenas ao ato de organizar livros nas estantes e realizar serviços de empréstimos.

Porém, a Biblioteconomia forma profissionais com expertise que envolve o estudo do perfil de uma comunidade acadêmica e que por isso, têm um amplo campo de atuação. “Atualmente as vozes de profissionais realizando o advocacy da Biblioteconomia em redes sociais, como o LinkedIn, tem se tornado mais frequente e isso tem ajudado as pessoas bibliotecárias a ganhar mais visibilidade no mercado de trabalho”, conta Denise.

As mulheres na Biblioteconomia

A área da Biblioteconomia no Brasil é de predominância feminina. Uma pesquisa de 2019 realizada pelo CRB-8 mostrou que 82% dos profissionais de biblioteca são mulheres e apenas 18% são homens.

Deste modo, a profissão teve ao longo dos anos mulheres como a Laura Russo, Evanda Verri Paulino, e Adelpha Figueiredo, que foram fundamentais para consolidação e regulamentação da profissão no país. “Pela minha experiência e pela conexão com vários grupos de profissionais da área, entendo que a Biblioteconomia proporciona uma carreira que abraça as mulheres”, conta Denise, que também já atuou em Instituições de Educação Superior.

“Espero que sejamos reconhecidas (os) pela sociedade como nós realmente somos, uma (m ) profissional que promove, com seu trabalho, a formação social, intelectual e de cidadania. Vejo que no futuro ocuparemos um lugar de transformadoras (es) sociais”, afirma Ana.

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