A forma como o conhecimento é compartilhado está em constante mudança. Depende da época, das necessidades, do nível de aprendizado e de como as pessoas lidam e absorvem estas inovações.
Os rápidos avanços tecnológicos alteraram, substancialmente, como organizar e distribuir as informações e os reflexos chegaram a muitas profissões. É o caso da Biblioteconomia que, para alguns, é um mercado de trabalho cada vez mais promissor.
A capacidade de atualização do bibliotecário, nessa busca e organização de todo tipo de conhecimento, o tornou um profissional ainda mais valioso e reconhecido, especialmente nas Instituições de Ensino Superior (IES).
Dentro do ambiente universitário, ele passou a ter um papel de agente transformador, curador e disseminador de informação, em uma área que avança a cada dia, a da Experiência do Usuário (UX, na sigla em inglês).
Quebra de paradigma
É preciso, porém, estar consciente que a tecnologia e as transformações proporcionadas por ela impactaram a vida de todos, com uma série de benefícios e facilidades no dia a dia de pessoas, empresas e instituições de ensino.
Para os bibliotecários, essa mudança de paradigma pode ser representada pelo avanço dos acervos digitais, em função do regulatório vigente do MEC/INEP e, também, a Resolução CFB nº 240, que dispõe sobre os parâmetros para a estruturação e o funcionamento das bibliotecas digitais e as competências deste profissional.
Nas Instituições de Ensino Superior (IES), muitos bibliotecários assumiram uma posição de protagonistas, no constante trabalho de transmitir conhecimento e implementação de novas formas de buscar as informações. Esta postura exigiu ampliar o olhar para os usos das ferramentas tecnológicas, em todos os níveis de formação acadêmica.
Na UNIFOR, essa preocupação é uma constante e a equipe recebe treinamentos periódicos, com lives e palestras, para que conheçam detalhadamente as possiblidades do acervo de livros digitais, através da experiência de fornecedores e parceiros, como a Minha Biblioteca, juntos desde 2013.
“É preciso entender e estarmos abertos aos novos formatos de ensino e às atuais ferramentas que facilitam o aprendizado, para propor melhorias contínuas e ajudar os estudantes e os docentes, sobre a melhor forma de utilizá-las”, comenta Leonilha Maria Brasileiro Lessa, Gerente da Biblioteca Central da UNIFOR e presidente da CBBU (Comissão Brasileira de Bibliotecas Universitárias – gestão 2018/2020).
Neste contexto, a virtualização das bibliotecas abriu muitas possibilidades, mas também novos desafios, principalmente em relação à gestão do conhecimento e à competência informacional.
“Os bibliotecários que já gerenciavam atividades relacionadas à construção de conhecimento, agora precisam potencializar essas habilidades para atender perfis diferentes de estudantes, em diversos formatos de ensino – híbrido, remoto e EAD. É obrigatório entender as necessidades desses públicos e a forma como interagem com as plataformas digitais, conforme a virtualização do ensino”, avalia Mirian Cris, docente e Supervisora de Operações e Atendimento do NTE – Núcleo de Tecnologias Educacionais da UNIFOR.
Para ela, o acervo online exige essa nova competência do bibliotecário, para que ele seja mais ativo no processo de averiguação da base de dados e estimule discentes e docentes a aceitarem as ferramentas digitais como facilitadoras.
“Algumas pessoas que tinham certa resistência ao acervo de livros digitais, hoje passaram a revisar esse conceito. Compreenderam que é essencial aprender a lidar com a informação, independente do suporte, físico ou digital. É um processo de maturação e adaptação, que tem ocorrido aos poucos”, observa Mirian.
Esta ampliação das competências de gestão de uma biblioteca digital, torna este profissional responsável por fazer a mediação entre a plataforma virtual e o usuário, dando um novo escopo ao seu trabalho, de contínua orientação. “Quando os estudantes, por exemplo, apontam dificuldades em acessar um determinado conteúdo, ele pode mostrar o melhor caminho para isso ou, se for o caso, buscar a solução para o problema no suporte da plataforma. A nossa missão sempre foi, e sempre será, servir a comunidade com a melhor informação”, declara Leonilha.
Ela enfatiza, ainda, que o bibliotecário tem como função identificar se as obras presentes no programa e plano de ensino constam no acervo, físico e digital, e se estão em quantidade suficiente para atender ao número de vagas aprovadas pelo MEC para o curso, pois a biblioteca tem um peso relevante e sensível na composição de notas, na avaliação da Instituição e do curso. É uma série de tarefas direcionadas para o melhor acesso à informação de qualidade e em sintonia com as propostas educacionais das universidades.
Gestão do Conhecimento e Pessoas
Com o domínio do acervo, o bibliotecário atua como um guia no caminho a ser percorrido na construção do conhecimento. Ele não é mais aquele profissional que se resume a manter apenas a biblioteca física em ordem e o controle dos empréstimos. Vai muito além. A sua atuação é definida como um gestor da informação, independentemente da forma como é apresentada: digital ou não.
Nesse sentido, um dos seus desafios é o de estruturar uma metodologia eficiente de informação, não só avaliando as necessidades dos estudantes, mas mantendo conversas com o corpo docente e com a instituição como um todo, facilitando e estimulando a busca por conhecimento no ambiente acadêmico.
Leonilha Lessa ressalta que atuar nas bibliotecas das instituições de ensino exige ainda outros requisitos, como gostar e acreditar muito no que faz, espírito colaborativo, autoconfiança e compreensão das pessoas, além do acompanhamento da transformação digital na educação.
“A ruptura com o tradicional gera receios e alguns gestores ainda não compreendem como funciona uma biblioteca digital. Mas não há como fugir desse cenário que vivemos hoje, da necessidade de se integrar ao conteúdo digital. O mesmo domínio do livro físico deve acontecer para o livro digital”, finaliza.
Um novo perfil em discussão
Mesmo com toda a evolução tecnológica, o bibliotecário segue como peça-chave no complexo sistema informacional das Instituições de Ensino Superior. A grande questão é se adaptar às mudanças.
Mas como agilizar esse processo?
Como o bibliotecário pode se preparar para se destacar nesse novo cenário?
O que ainda pode mudar nessa profissão?
Quais estratégias precisam ser aprimoradas para fortalecer as bibliotecas como centros de aprendizagem, com a virtualização do ensino?
Esses são alguns pontos que serão discutidos no Webinar “O novo perfil do Bibliotecário e sua atuação na virtualização do Ensino Superior”, que acontecerá no dia 26 de agosto, às 17 horas (horário de Brasília).
Mirian Cris e Leonilha Maria Brasileiro Lessa são as convidadas especiais deste Webinar, que faz parte de uma série de encontros virtuais, promovidos exclusivamente pela Minha Biblioteca.
Reserve sua agenda e participe! Dia 26/08, às 17 horas.
Você pode se inscrever, gratuitamente, aqui.
Transmissão via ZOOM.
Conheça a Minha Biblioteca
Desenvolvida para ser a maior e mais completa solução digital de e-books para Instituições de Ensino Superior, a Minha Biblioteca é uma plataforma digital de livros que possui um vasto acervo de títulos técnicos, acadêmicos e científicos, formada por mais de 15 grandes editoras acadêmicas do Brasil e 38 selos editoriais.
Por meio da Minha Biblioteca, mais de 4 milhões de usuários têm acesso rápido, fácil e simultâneo a milhares de títulos, atualizados mensalmente, através de qualquer dispositivo conectado à internet.
O acervo, multidisciplinar, conta com mais de 10 mil títulos em português, divididos em 7 catálogos: Medicina, Saúde, Exatas, Jurídica, Sociais Aplicadas, Pedagógica e Artes & Letras, que atendem à bibliografia de cerca de 400 cursos de graduação.
No Brasil, mais de 800 instituições são clientes da Minha Biblioteca. Confira algumas delas.