Taxonomia de Bloom: confira o que é e como aplicar na sua IES

Taxonomia de Bloom: confira o que é e como aplicar na sua IES

Com o impacto do avanço das tecnologias, as instituições de ensino superior (IES) precisam fazer uso de novas metodologias a fim de alcançar uma boa qualidade de ensino e se destacar no mercado educacional.

Nesse sentido, a taxonomia de Bloom pode ser utilizada como um instrumento que contribui para a identificação e a declaração dos objetivos de aprendizagem relacionados ao desenvolvimento cognitivo, uma vez que esse instrumento pode projetar uma estrutura lógica que beneficia o aprendizado dos estudantes e toda a comunidade acadêmica.

Neste artigo, veja o que é a taxonomia de Bloom, qual é a sua importância e como utilizá-la na sua IES. Acompanhe!

O que é taxonomia de Bloom?

A taxonomia de Bloom, também conhecida como taxonomia dos objetivos educacionais, foi desenvolvida em 1956 por um grupo de especialistas, com a liderança do pedagogo e psicólogo Benjamin Bloom.

O líder defendia que a educação é capaz de levar os estudantes ao melhor das suas performances como seres humanos, para além do sentido conteudista que prevalece na maioria das instituições de ensino.

Foram, então, desenvolvidos modelos com base em uma estrutura hierárquica que classifica os objetivos de aprendizagem de acordo com especificidade e com níveis de complexidade.

Sendo assim, podemos considerar que a taxonomia de Bloom é um sistema de classificação utilizado para distinguir tipos de cognição humana (pensamento, aprendizagem e compreensão) e defini-los.

Qual é a importância da taxonomia de Bloom para os objetivos educacionais?

O sucesso de uma IES está diretamente relacionado ao sucesso dos estudantes em cada componente curricular, na trajetória acadêmica como um todo e na formação de futuros profissionais que querem e precisam atuar de forma satisfatória no mercado de trabalho.

A taxonomia é um instrumento eficiente para a definição de objetivos educacionais de aprendizagem em domínios fundamentais para o desenvolvimento dos estudantes.

Portanto, contar com o suporte desse instrumento é fundamental para que a sua IES opere diante de objetivos de aprendizagem com foco no desenvolvimento das competências e habilidades imprescindíveis para os estudantes.

Como a taxonomia de Bloom é estruturada?

Benjamin Bloom determinou que existem três modelos de domínio que os estudantes precisam passar para alcançar o aprendizado de forma efetiva. São eles: domínio cognitivo, domínio afetivo e domínio psicomotor.

Domínio cognitivo

Trata-se da aprendizagem e da capacidade intelectual do ser humano. Sendo estruturado em níveis de complexidade crescente, revela que para que o estudante possa pertencer a um determinado nível, é mandatório ter adquirido e dominado as habilidades do nível anterior.

Domínio afetivo

Nesse domínio são considerados os aspectos de sensibilização e gradação de valores. O objetivo é possibilitar que os estudantes desenvolvam a habilidade de lidar melhor com sentimentos e emoções como rejeição e entusiasmo.

Domínio psicomotor

São consideradas as habilidades de execução de tarefas diretamente ligadas ao aparelho motor. O objetivo é possibilitar mudanças de comportamento, fazendo com que os estudantes tenham mais agilidade em habilidades psicomotoras.

Os 6 pilares do domínio cognitivo

Esse modelo da taxonomia de Bloom engloba a capacidade de dar sentido às informações que são expostas durante as aulas. Assim, os estudantes podem refletir sobre como é possível utilizar tais informações na vida de forma prática.

Dessa forma, o conhecimento que é compartilhado na sala de aula se torna, de fato, produtivo. Para tanto, o domínio cognitivo conta com 6 objetivos educacionais definidos de maneira hierárquica. Conheça-os abaixo:

  • Conhecimento

Abrange a lembrança e o reconhecimento de conceitos básicos, termos, perguntas e fatos sem a necessidade de demonstrar o entendimento exato sobre o que querem dizer.

  • Compreensão

Engloba a demonstração do entendimento sobre ideias e fatos por meio da comparação, tradução, descrição, interpretação e organização de ideias.

  • Aplicação

Abrange a resolução de problemas em situações novas por meio da aplicação do conhecimento adquirido.

  • Análise

Envolve a examinação e a dissecção das informações em partes e também a determinação de como cada uma das partes estão relacionadas. Além disso, é fundamental a identificação dos motivos e das evidências para que as generalizações sejam devidamente ancoradas.

  • Síntese

Diz respeito à construção de um caminho com elementos diversos, fazendo referência também à ação de juntar partes para formar algo completo.

  • Avaliação

Envolve a apresentação e a defesa de opiniões, sendo necessário validar as ideias e/ou a qualidade dos resultados com base em critérios nítidos. É fundamental ter a habilidade de fazer julgamento de valor sobre as informações apresentadas.

Taxonomia de Bloom: confira o que é e como aplicar na sua IES

Como esse sistema auxilia na hierarquização dos processos cognitivos?

A taxonomia de Bloom é baseada na concepção de que o estudante deve dominar o conhecimento de um nível para que possa adquirir as habilidades do próximo nível.

Portanto, os objetivos educacionais de aprendizagem da taxonomia de Bloom são organizados para garantir que todos os estudantes desenvolvam as competências e habilidades necessárias em cada nível.

Os professores podem, então, elaborar planos de aulas, atividades e ações baseadas nos pilares do domínio cognitivo da taxonomia de Bloom a fim de possibilitar que os alunos aprendam e adquiram os conhecimentos propostos em cada componente curricular.

Logo, a organização dos objetivos da sua IES, de forma geral, pode ser realizada e desenvolvida de forma muito mais eficiente com a utilização desse instrumento.

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Agora que você já sabe o que é a taxonomia de Bloom, confira mais três artigos que vão ajudar a gerenciar a sua IES: